quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Parabéns Jo Jo!

Jo Jo was a man who thought he was a loner
but he knew he couldn’t last.
Jo Jo left his home in Tucson, Arizona
for some California grass.


Parabéns dudu, tudo de melhor pra ti meu irmão, como já falei, tu merece!


...Get back Jo Jo!

Dudududududududu

Sei que é difícil escrever nossos desejos sinceros pras pessoas, ainda mais quando é pra quem a gente tem um carinho enooorme! Mas fazer o que... foi esse o presente que eu escolhi pra ti Dudu, e espero que tu leia com a idéia voltada para a intenção do texto... hahah
Antes, uma breve descrição do que se passa: aqui dentro, eu, ouvindo Cazuza, com sono e sem nenhuma inspiração, mas com uma vontade sincera de escrever algo tão legal quanto tu merece. Lá fora, um tempo estranho, raios e trovoadas... portanto, não será surpresa se, por ventura, a luz quiser apagar e meu texto for por água abaixo. Antes que isso aconteça, é melhor eu te desejar tudo de uma vez: amor, carinho, saúde, conhecimento, paz, música!, livros, inspiração, vida, diversão, História, histórias, estórias e ex-tórias. Na real, nem precisa de tudo isso... te desejo mesmo aquilo que tu precisa pra seguir em frente, pra ser feliz e pra gostar da vida. Te desejo amigos, claro (desejo muitos anos de companhia minha para você, haha). Desejo amores (de verdade, daqueles de fazer perder a razão, os sentidos, de fazer ganhar sentido, prazer, emoção). Desejo festas (daquelas pra se lembrar como "noites incríveis da minha juventude"). Desejo irresponsabilidade boa (daquele tipo que a gente precisa ter às vezes, pra esquecer das regras e curtir liberdade). Desejo responsabilidade boa (daquele tipo que a gente precisa ter às vezes pra cumprir nossos sonhos, objetivos e etc). Te desejo vida, cara! (rock'n'roll, bossa nova, punk rock até os ossos haha). Desejo, por fim, que tu leia os dois textinhos aqui como se estivesse lendo conosco, como se estivesse aqui. Portanto, sinta-se abraçado. Feliz aniversário Duds, você é demais e eu adooooro muito!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Dramas da evolução - David Coimbra

" A sua vida podia ser diferente. Olhe bem para a sua mulher. Observe a carne pendente sob os braços dela. Veja com que sofreguidão ela come aquele quindim. Ela está engordando a cada dia.

Pense nas manhãs em que ela está inspirada para falar. Ela fala. Falafalafalafala. E mais: fala.

Lembre-se das vezes em que ela o obrigou a ir a aniversários de crianças, a jantares na casa da tia-avó dela. Lembre-se dos Natais! Como você sofre a cada Natal, tendo que contentar a sua família e a família dela.

Não precisava ser assim. Tornou-se assim por uma opção evolutiva. Quer prova? Recuemos um tantinho no tempo. Dois milhões de anos. Naquela época, um hominídeo de um metro e trinta de altura zanzava serelepe pelas savanas da África. Era o homo habilis, seu antepassado. O homo habilis andava sobre duas pernas, como você, e tinha um cérebro bem maior do que os cérebros de todos os outros animais, mas não tão grande quanto o seu. Para falar, como você fala, para ler a coluna do Wianey Carlet, como você lê, e para inventar instrumentos úteis, como o google, o controle remoto e o biquíni com lacinho, o homem precisava de um cérebro maior.

Foi neste ponto que a evolução chegou a um impasse.

Aconteceu o seguinte:

A abertura pela qual os nenês passam ao nascer, situada, como sabemos, no entrepernas das fêmeas da espécie, essa abertura tem de ser maior do que a cabeça do recém-nascido, senão o recém-nascido entala, o que é chato. Com o passar dos milhões de anos sobre a Terra, o cérebro do ser humano foi aumentando e, para acomodá-lo, a cabeça também foi aumentando. Logo, a abertura por onde passam os nenês também deveria aumentar. Só que, se aumentasse até ficar do tamanho de um cérebro adulto moderno, como, por exemplo, o cérebro da Carla Perez, a abertura por onde passam os nenês teria que se alargar muito. O afastamento da pélvis prejudicaria a nossa elegante postura ereta, teríamos de nos curvar. Em resumo, cair de quatro.


Eis o drama: para dispor um cérebro grande, capaz de bolar o piercing no umbigo, o homem teria de deixar de ser bípede. Mas, se deixasse de ser bípede, não poderia manusear instrumentos ou digitar o nome da Megan Fox no youtube.

E agora?

A Natureza resolveu o problema de uma forma muito engenhosa. Assim: ao nascer, o cérebro dos humanos ainda não tem o tamanho padrão. Logo, a cabeça do nenê é pequena, e passa por onde há de passar. Mas, nos anos seguintes, o cérebro cresce como o de nenhum outro animal, torna-se quatro vezes maior do que o volume que tinha no dia do nascimento. A desvantagem deste sistema é que um nenê bípede, que gasta a maior parcela da sua energia no crescimento do cérebro, não nasce com a desenvoltura de um quadrúpede. Um cavalo, tipo o Tragueado ou o Camelo Voador, que correram no Cristal esta semana, um cavalo como eles nasce, equilibra-se e sai trotando com a energia de um... bem, de um cavalo. Já um nenê humano, como o meu Pocolino, necessita de pelo menos seis ou sete anos de cuidados, atenções e mamadeira quentinha.

Foi uma troca, portanto. Uma escolha da Evolução. Que acarretou outra questão: como ficou tão complicado criar seus filhotes, a fêmea humana teve de requisitar a ajuda do macho. Para convencer o macho a auxiliá-la, ela lhe ofereceu o que ele queria: sexo. A fêmea humana, desta maneira, é a única que tem orgasmos o mês inteiro, desde que competentemente estimulada, é claro; é também a única que pode copular todos os dias, sem a necessidade de entrar no cio; e ainda é a única que usa minissaia e botas. Tudo isso para que o macho não se aventure por aí com outras fêmeas, mantenha-se com ela e ajude a cuidar dos pocolinos.


Logo, sua mulher aí ao lado, falando sem parar e engordando inexoravelmente, ela não tinha de estar aí. Você poderia ter um cérebro menor e viver caçando, pescando e coletando alegremente com seus amigos, trocando de fêmeas como quem troca de caverna, divertindo-se pela velha e aprazível savana africana. Mas, não. Você quis evoluir. Agora está em casa, tendo que aguentar o matrimônio e o campeonato de pontos corridos. Bem feito pra você. "